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Tratando o Ombro e a Dor Não Passa? O Problema Pode Estar Escondido no Seu Pescoço

  • Foto do escritor: duianyfisio
    duianyfisio
  • 1 de dez.
  • 3 min de leitura

Você tem uma dor no ombro que persiste, mesmo após semanas de tratamento focado na articulação? Já fez ultrassom, tomou anti-inflamatórios, fez sessões de "choquinho" e calor no ombro, talvez até tenha sido diagnosticado com uma tendinite ou bursite, mas a dor insiste em voltar ou nunca vai embora completamente?

Se esse cenário te soa familiar, é hora de considerar uma possibilidade que muitos ignoram: a origem real da sua dor pode não estar no seu ombro, mas sim na sua coluna cervical (pescoço).

É extremamente comum receber no consultório pacientes frustrados, que já tentaram diversas terapias sem sucesso, porque o tratamento estava focado no local do sintoma (o ombro), e não na causa raiz (o pescoço).

Hoje, vou te explicar como essa conexão funciona, quais os sinais de que seu pescoço pode ser o culpado e por que uma avaliação fisioterapêutica que olhe para o corpo como um todo é crucial para resolver o problema de vez.



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O Pescoço Comanda o Braço: Entenda a "Fiação Elétrica" do Seu Corpo

Para entender essa relação, precisamos olhar para a anatomia. A coluna cervical não serve apenas para sustentar a cabeça; ela é um grande centro de distribuição de nervos.

Entre cada vértebra do seu pescoço, saem raízes nervosas. Essas raízes se juntam para formar o plexo braquial, uma rede complexa de nervos que desce pelo pescoço, passa por baixo da clavícula e se ramifica para controlar absolutamente tudo no seu ombro, braço, antebraço e mão: a sensibilidade, a força muscular e até o controle dos vasos sanguíneos.

Onde está o problema? Se houver qualquer irritação ou compressão nessas raízes nervosas lá no pescoço – seja por uma hérnia de disco, um "bico de papagaio" (osteófito) que diminuiu o espaço, ou até mesmo uma tensão muscular severa (como nos músculos escalenos) que "aperte" o nervo no seu trajeto –, o sinal elétrico é prejudicado.

O resultado? O cérebro pode interpretar essa irritação no nervo como uma dor no ombro, no braço ou até na mão, mesmo que a articulação do ombro em si esteja estruturalmente perfeita. Chamamos isso de dor referida ou irradiada.


Sinais de Que Sua "Dor no Ombro" Pode Vir do Pescoço


Como saber se esse é o seu caso? Existem pistas importantes que um fisioterapeuta atento procura durante a avaliação. Suspeite do pescoço se a sua dor no ombro vier acompanhada de:

  1. Dor que Irradia: A dor não fica só no ombro; ela desce pelo braço, podendo chegar até o cotovelo, punho ou dedos.

  2. Alterações de Sensibilidade: Sensação de formigamento, dormência, agulhadas ou queimação no braço ou na mão.

  3. Piora com Movimentos do Pescoço: A dor no ombro ou no braço aumenta quando você vira a cabeça para um lado, olha para cima ou inclina o pescoço, mesmo sem mexer o braço.

  4. Dor na Região da Escápula: Uma dor persistente e profunda na região entre a coluna e a "pá" do ombro (escápula) é um sinal clássico de origem cervical.

  5. Tratamentos Locais Falhos: Você já tratou o ombro com foco em tendinite/bursite e obteve pouco ou nenhum resultado duradouro.


A Avaliação que Faz a Diferença: Tratando a Causa, Não Apenas o Sintoma


O erro mais comum é tratar apenas onde dói. Uma fisioterapia de excelência começa com uma avaliação biomecânica detalhada, que testa não apenas o ombro, mas também a mobilidade da coluna cervical, a tensão muscular do pescoço e a integridade dos nervos.

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Se identificarmos que a origem é cervical, o tratamento muda completamente de foco:

  1. Tratar o Pescoço Primeiro: terapia manual, mobilizações vertebrais e técnicas específicas para descomprimir a raiz nervosa, aliviar a tensão muscular no pescoço e restaurar a mobilidade cervical.

  2. Mobilização Neural: Técnicas específicas para melhorar o deslizamento e a saúde do nervo ao longo de todo o seu trajeto, do pescoço até a mão.

  3. Correção Postural e Fortalecimento: Trabalhamos a postura da cabeça e do pescoço e fortalecemos os músculos profundos para evitar que o problema retorne.

  4. Tratamento Secundário do Ombro: Se houver alguma tendinite secundária no ombro (causada pela fraqueza muscular decorrente da compressão nervosa), ela também será tratada, mas como parte de um todo, não como a causa principal.


Não aceite um diagnóstico superficial se a sua dor no ombro não melhora. O corpo humano é interconectado, e a chave para o alívio pode estar em olhar além do óbvio.

Se você está frustrado com tratamentos que não funcionam e se identifica com os sinais que descrevi, é hora de buscar uma análise diagnóstica que considere a conexão entre sua coluna cervical e seu ombro.

Eu posso te ajudar a investigar a verdadeira causa da sua dor e construir um plano de tratamento eficaz e definitivo. Clique aqui para agendar sua avaliação biomecânica. Vamos descobrir a origem do problema e tratar o que realmente precisa ser tratado.



 
 
 

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